sábado, 3 de outubro de 2009

SOYLENT GREEN (1973)


É com muita reverência que segue a postagem desta obra prima. Este filme é uma verdadeira profecia. Policial/Ficção científica da melhor estirpe.

Baseado no romance Make Room! Make Room! de Harry Harrison, o filme transcorre no ano de 2022, em Nova York (mas poderia ser em qualquer megalópole), onde 40 milhões de pessoas vivem abarrotadas pelas ruas como animais. Para piorar, o aquecimento global já atinge proporções absurdas e a escassez de alimentos e objetos comuns do dia a dia permeia sobre a população; o único alimento disponível é provido pela corporação Soylent, que distribui tabletinhos com cores e sabores diferentes (quse como as rações de cães e gatos). Mas o que faz mais sucesso com a moçada é o Soylent Green, com seu sabor indefinido, mas com um valor nutritivo suficiente para a sobrevivência desta raça que conhecemos como humanos.

O problema é que até mesmo os produtos Soylent estão começando a faltar para a população, e estes, insatisfeitos, iniciam frequentes motins contra o sistema a cada distribuição mal feita. Em uma dessas sequências, é mostrado como a polícia resolve este pequeno probleminha habitual.


Fantástica cena de repressão policial a população realizada com caminhões carregadores de areia e trator acoplados.


Bom, a trama de SOYLENT GREEN é estruturada como um filme policial, com direito a investigações e etc, apenas enquadrada neste contexto futurista. Thorn é um oficial da lei que, com a ajuda de seu velho amigo Sol (Edward G. Robinson em seu ultimo papel no cinema) com quem divide o apartamento, tenta resolver o caso do brutal assassinato de um alto executivo da multinacional Soylent, mas a cada descoberta, o sujeito se depara com um segredo terrível

Quando entra na casa do milionário assassinado, no local do crime, Thorn começa a ver objetos simples que nunca havia visto antes – e aproveita para roubá-los e levar para o seu amigo Sol (que chora ao ver alguns itens que imaginava nunca ver novamente) – como sabonete, whisky, um pedaço de bife, extremamente raro, entre outras coisas. É preciso ver a expressão de prazer de Heston quando seu personagem lava o rosto numa torneira de água corrente e quente. Algo praticamente impossível de se fazer em condições cotidianas. São vários os detalhes que ajudam a compor o personagem e definem o futuro apresentado.

Com poucos elementos e a decoração retrô dos anos setenta, deu uma visão de futuro apocalíptico muito mais convincente que a maioria dos filmes atuais cujos executivos dos estúdios preferem gastar rios de dinheiro para criar universos artificiais em computação gráfica (claro que naquela época não existia CGI, então os realizadores tinham que botar a cachola pra funcionar mesmo).

Um filme de mensagem forte e cores carregadas.

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