sábado, 5 de abril de 2008

Ponto de vista sobre o público (by Boratto)

Bem, minha visão, é que não dispomos de um "produto" pronto e acabado, a ser prontamente consumido. Trata-se de arte.
Sendo assim, sem querer nos igualar aos mestres, não vejo um Van Gogh impresso na lata de um red bull e afins.

Apostar na geração y, é questionável. Quem ouve ZoidZ vai da baby boom, passando pela X, e enfim a Y. Em termos de Y, só se fosse distribuir "sem tv" em forma de trance junto com um comprimido de ecstasy, ou quem sabe vida cadela em um timbre Nintendo para trilha de joguinho. Tão descartável e volátil quanto o sabonete que uso para limpar o saco... uso agora, e esqueço amanhã o que foi mesmo que usei?

Por outro lado, arte é imperecível, atravessa os séculos. Não é consumo de massa... é para quem vai vivendo e encontra necessidade de alimentar a alma. E consumidores de arte (mesmo que meio pós moderna, ou "desconstrutivista" como ZoidZ), não está exatamente em um lugar, condição sócio econômica, ou determinada geração.

E esta a dificuldade em determinar onde esta o publico da ZoidZ.
Porque esta em todo lugar e lugar nenhum ao mesmo tempo. Mas isto é bom também. Talvez aponte que estamos mais próximos de arte mesmo que marca de sabonete. Sabonete é para ser consumido rápido e agora. Um atrás do outro, como Motorolas e Motorolas.

Zoidz é apra ser consumido embaixo da pele. Como uma picada de heroína. Como uma viagem que pode não ter volta.

Então eu apostaria sempre em uma abordagem cultural. E se fosse para apontar alguma referência, eu usaria a escola de arquitetura Bauhaus, de 1919. O monte era o bom, bele e acessivel... mas olhe só... ETERNO... Pois até mesmo alguns dos voláteis Y se curvam diante do design moderno e eterno concebido no início do século.. E garanto... não vai ter nada criado sob a ótica das bolinhas borbulhantes dos loucos anos 010, que vão bater a modernidade da Bauhaus.

Mais lenha na fogueira para pensar!

Um comentário:

ZoidZ disse...

Pusta queu pariu, modestia a parte, que falta de modestia eihn huahuhuahuhauhua!

bom, uma bela interpolaçao textual é sempre um deleite para o meu cerebelo cansado de tanta futilidade e avido por algo que provoque uma atribulaçao mental.
quebra tudo!